terça-feira, 10 de novembro de 2009

O que é Economia Solidária?


Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.

A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.

Nesse sentido, compreende-se por economia solidária o conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão. Considerando essa concepção, a Economia Solidária possui as seguintes características:

  1. Cooperação: existência de interesses e objetivos comuns, a união dos esforços e capacidades, a propriedade coletiva de bens, a partilha dos resultados e a responsabilidade solidária. Envolve diversos tipos de organização coletiva: empresas autogestionárias ou recuperadas (assumida por trabalhadores); associações comunitárias de produção; redes de produção, comercialização e consumo; grupos informais produtivos de segmentos específicos (mulheres, jovens etc.); clubes de trocas etc. Na maioria dos casos, essas organizações coletivas agregam um conjunto grande de atividades individuais e familiares.
  2. Autogestão: os/as participantes das organizações exercitam as práticas participativas de autogestão dos processos de trabalho, das definições estratégicas e cotidianas dos empreendimentos, da direção e coordenação das ações nos seus diversos graus e interesses, etc. Os apoios externos, de assistência técnica e gerencial, de capacitação e assessoria, não devem substituir nem impedir o protagonismo dos verdadeiros sujeitos da ação.
  3. Dimensão Econômica: é uma das bases de motivação da agregação de esforços e recursos pessoais e de outras organizações para produção, beneficiamento, crédito, comercialização e consumo. Envolve o conjunto de elementos de viabilidade econômica, permeados por critérios de eficácia e efetividade, ao lado dos aspectos culturais, ambientais e sociais.
  4. Solidariedade: O caráter de solidariedade nos empreendimentos é expresso em diferentes dimensões: na justa distribuição dos resultados alcançados; nas oportunidades que levam ao desenvolvimento de capacidades e da melhoria das condições de vida dos participantes; no compromisso com um meio ambiente saudável; nas relações que se estabelecem com a comunidade local; na participação ativa nos processos de desenvolvimento sustentável de base territorial, regional e nacional; nas relações com os outros movimentos sociais e populares de caráter emancipatório; na preocupação com o bem estar dos trabalhadores e consumidores; e no respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Considerando essas características, a economia solidária aponta para uma nova lógica de desenvolvimento sustentável com geração de trabalho e distribuição de renda, mediante um crescimento econômico com proteção dos ecossistemas. Seus resultados econômicos, políticos e culturais são compartilhados pelos participantes, sem distinção de gênero, idade e raça. Implica na reversão da lógica capitalista ao se opor à exploração do trabalho e dos recursos naturais, considerando o ser humano na sua integralidade como sujeito e finalidade da atividade econômica.

Feira de Economia Solidária acontece em Pirinópolis

Trocas solidárias; comercialização de produtos e serviços que seguem uma política de preservação da natureza e o trabalho em parceria entre empreendedores, oficinas e palestras. Tudo isto você vai encontrar na Feira de Economia Solidária da Microrregião de Brasília que acontece em Pirenópolis a partir de amanhã, 6 de novembro e vai até o dia 8 de novembro.

Cerca de 100 empreendedores dos municípios que compõe a microrregião de Brasília vão se reunir na Praça Central (Igreja da Matriz) em Pirenópolis para vender produtos diferenciados e com preços acessíveis. A organização é do Fórum Estadual de Economia Solidária em parceria com o Fórum Brasileiro de Economia Solidária, FETAEG, Delegacia Regional do Trabalho, entre outras entidades.

Além da comercialização os empreendedores da Economia Solidária terão a oportunidade de participar de oficinas e do Seminário Ecobanco – Moeda Social com o secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (SENAES/TEM), Maurício Sarda.

O seminário tem como objetivo explicar o funcionamento do Banco Pirapirê, um banco comunitário e que possibilita a troca do Real pela moeda social e também o que é esta moeda social, que no caso de Goiás chama-se Pequi. A utilização da moeda social Pequi para a compra de produtos durante a Feira de Economia Solidária será a grande novidade deste ano. O consumidor deverá trocar o Real pelo Pequi no Ecobanco e efetuar suas compras utilizando a moeda social. Ao final, o que sobrar, ele troca pelo Real.

O objetivo da Feira de Economia Solidária é divulgar esta nova forma de fazer negócios que privilegia a parceria, o respeito à natureza, a colaboração entre as pessoas para o trabalho coletivo, tudo isto como forma de gerar emprego e renda nas comunidades de todo o estado. A abertura oficial acontece dia 6 de novembro, na Praça Central de Pirenópolis, às 19 horas, com a presença de diversas autoridades.

Os organizadores estão disponíveis para entrevistas e esclarecimentos sobre esta nova forma de fazer negócio.

SERVIÇO:

ASSUNTO:Feira de Economia Solidária da Microrregião de Brasília

DATA: 6 a 8 de novembro

HORÁRIO: abertura às 19 horas

LOCAL: Praça Central, atrás da Igreja da Matriz, em Pirenópolis

CONTATO: Rosângela Aguiar - JP14.978/RJ - Assessoria de Imprensa - 62-8176-4982